O Projeto Complementar nº 26, que fixa os novos salário do magistério, deu entrada hoje na Assembleia, mas só será votado com o fim da greve. A decisão foi tomada por unanimidade nesta manhã durante reunião dos líderes das bancadas com representação no Parlamento estadual. Caso o projeto não seja votado já na próxima semana, antes do recesso parlamentar, voltarão a vigorar os valores da antiga tabela salarial do magistério, sem as vantagens conquistadas durante a paralisação dos professores.
O presidente da Assembleia, deputado Gelson Merisio (DEM), que conduziu a reunião de líderes, resumiu o entendimento dos parlamentares, destacando que o projeto do magistério chegou à Casa três dias antes da última semana que antecede o recesso. “A proposta só pode ser votada diante de entendimento. Um acordo que deve respeitar o anseio da sociedade, que hoje quer professores de volta à sala de aula para que os alunos não percam o ano letivo. Por isso só vamos deliberar a proposta na próxima semana se houver a volta às aulas para que o debate continue e possamos construir as demandas que ficaram pendentes entre categoria e governo. Caso isso não seja possível, infelizmente será retomado o pagamento à folha de março, porque as conquistas atuais não terão base legal. A Assembleia teve uma postura muito prática neste episódio e agora estamos respeitando o limite imposto pela própria sociedade, que precisa de seus filhos na escola”.
Estiveram presentes na reunião de líderes os deputados Angela Albino (PCdoB), Elizeu Mattos (líder do governo), Gilmar Knaesel (representando o líder do PSDB), Manoel Mota (PMDB), Narcizo Parisotto (PTB), Sargento Amauri Soares (PDT) e Silvio Dreveck (PP). Antes de ser votado em Plenário, o PLC nº 26 deve tramitar por três comissões da Casa: Constituição e Justiça, Finanças e Tributação e Educação.